O Tropicalismo e seu movimento

03/07/2011 21:00

 

O Tropicalismo e seu movimento


O Tropicalismo e seu movimento

Por: Vinícius Pimentel

    Caros leitores, gostaria de postar o presente artigo sobre um assunto bem pertinente a nossa realidade, a música popular brasileira, pois música por meio de suas vozes manifesta diversas identidades, atuando e contribuindo de forma direta para florescimento de uma determinada cultura.

    O assunto que vou tratar neste artigo é a Tropicália, a arte repleta de vozes, que vestiu e transformou de maneira espetacular a música popular brasileira, fora muito bem criada e vivida pela magnífica voz de Caetano Veloso. A década de 60 é ficou marcada no Brasil, como uns dos períodos mais agitado mediante ao sistema político e ao mesmo tempo culturalmente, foi uma época de constante debate. Eis que surge o Tropicalismo um movimento que rompe com o valor da música Popular Brasileira, repleto de originalidade e o mesmo tempo, este movimento ficou marcado como a imprecisão de propósitos que de fato atuou pelo viés da comunicação com a massa.

    O nome tropicalismo nos conjetura primeiramente o entendimento de algo múltiplo, fragmentado que supõe liberdade, movimento, nosso grande compositor Caetano Veloso por meio de suas composições, recupera todos os elementos possíveis, o que levou a sociedade da época a enxergar o movimento tropicalista como algo repleto de originalidade da nossa cultura, que deixou muitos sem entender o que viam e ouviam em síntese é de fato possível enxergar que posteriormente ao tropicalismo passou a existir mais liberdade.

Segue como sugestão a canção "Tropicália" de Caetano Veloso, que retrata de maneira magnífica o movimento proposto:

 

 

Tropicália

 

Composição: Caetano Veloso

Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz

Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país

Viva a Bossa, sa, sa
Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça
Viva a Bossa, sa, sa
Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça

O monumento
É de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão 

O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga
Estreita e torta
E no joelho uma criança
Sorridente, feia e morta
Estende a mão

Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta

No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis

Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis

Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia

No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim

Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim

Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma

Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém...

O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem

Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem

Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
Viva a banda, da, da

Carmem Miranda, da, da, da, da