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Silmara Nunes e Vinícius Pimentel
(Professores de Língua Portuguesa e Literatura)
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Convidado do Mês
Por: Vinícius Pimentel
O Ritmo e a poesia dos Soldados
Olá amigos, como todos nós já sabemos no dia 25 de agosto, comemora-se o dia do Soldado, dessa forma gostaria de prestar minha singela homenagem, fazendo uma análise comparativa entre a música “Soldados” de Legião Urbana e o poema “Rufando Apressado” de Camilo Pessanha; ambos apresentam de maneira perfeita uma homenagem aos nossos grandes herois Brasileiros.
A música “Soldados” apresenta por meio de vozes, vários questionamentos de soldados, que parecem estar longe de suas realidades, ou seja, foram forçados a se tornarem soldados, talvez por completarem maior idade. Os Soldados em questão estão com medo, dizem ter coragem, contudo esta coragem foi convertida em medo, podemos salientar que se trata do medo da morte. Pois se são Soldados é natural que estejam de fato vivendo uma guerra, podemos dizer primeiramente que vivem uma guerra interna, pelo fato de não saberem quem são seus inimigos e por que de estarem lutando, fica evidente a presença da dúvida por parte dos soldados, pelo caso de não saberem o que sentem o que pensam e o que fazem, no final da música aparece um trecho que diz: “Somos soldados, pedindo esmola, a gente não queria lutar.” Neste trecho fica presente que, a vontade dos soldados era de não estar ali e sim ao lado de suas “Meninas”, que pode ser interpretado como sendo suas, mães, esposas, filhas ou namoradas.
No poema “Rufando Apressado” de Camilo Pessanha, é feito um jogo de palavras, por meio da exaltação do soldado e o amor, é importante argumentar que o som de quando fazemos a leitura do poema, pode se comparar a um tambor rufando. Pois o poema está constituído por ricas rimas, construindo assim uma marcha sincronizada entre as palavras.
Composição: Renato Russo / Marcelo Bonfá
Soldados
Nossas meninas estão longe daqui
Não temos com quem chorar e nem pra onde ir
Se lembra quando era só brincadeira
Fingir ser soldado a tarde inteira?
Mas agora a coragem que temos no coração
Parece medo da morte mas não era então
Tenho medo de lhe dizer o que eu quero tanto
Tenho medo e eu sei porquê:
Estamos esperando.
Quem é o inimigo?
Quem é você?
Nos defendemos tanto tanto sem saber
Porque lutar.
Nossas meninas estão longe daqui
E de repente eu vi você cair
Não sei armar o que eu senti
Não sei dizer que vi você ali.
Quem vai saber o que você sentiu?
Quem vai saber o que você pensou?
Quem vai dizer agora o que eu não fiz?
Como explicar pra você o que eu quis
Somos soldados
Pedindo esmola
E a gente não queria lutar.
Camilo Pessanha,
Rufando Apressado
Rufando apressado,
E bamboleado,
Boné posto ao lado,
Garboso, o tambor
Avança em redor
Do campo de amor...
Com força, soldado!
A passo dobrado!
Bem bamboleado!
Amores te bafejem.
Que as moças te beijem.
Que os moços te invejem.
Mas ai, ó soldado!
Ó triste alienado!
Por mais exaltado
Que o toque reclame,
Ninguém que te chame...
Ninguém que te ame...
.
Por hoje é só, um grande e "patriota" abraço!!!
Silmara Nunes & Vinícius Pimentel© 2011 Todos os direitos reservados.