Interpretando e discutindo a Música Popular Brasileira

04/10/2012 14:04

Por: Vinícius Pimentel (Diretor Editor)

Interpretando e discutindo a Música Popular Brasileira

 

 

Quando escutamos a palavra música, que vem do grego - musiké téchne, a arte das musas, que é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar uma sucessão de sons e silêncio agradável, ritmada e organizada ao longo do tempo - os nossos sentidos ficam mais aguçados pelo simples fato da música estar atrelada à nossa realidade.

Quem gosta de música sabe muito do que estou falando. A música é, de fato, tão completa a ponto de mexer com tempo, ou melhor, com o nosso tempo e nossa realidade, quem é que nunca escutou aquela música que o fez relembrar a infância, o primeiro beijo ou qualquer outro fato ligado à concepção da realidade exposta por um pequeno trecho de uma música.

A música, para quem a interpreta, é algo inquestionável, pois ela estabelece um certo diálogo entre letra, ouvinte e cantor, ou melhor, intérprete a ponto de seduzir tal como diz Djavan na sua música “cantar, é mover o dom do fundo de uma paixão”.

A música revela grandes sentidos e grandes pensamentos e é por meio dela que podemos levar uma vida mias saudável como diz o velho ditado popular, “quem canta seus males espanta”.

Ou como diz o nosso rei Roberto Carlos em sua música "Força Estranha", “Por isso, uma força me leva a cantar, por isso, essa força estranha no ar. Por isso, é que eu canto, não posso parar, por isso, essa voz tamanha”.

O mais engraçado que essa música que revela grandes verdades, ao longo de sua trajetória já fora criticada e, até mesmo, até proibida, porém nunca esquecida.

Como poderiam se esquecer de algo que faz parte da nossa história, quem conhece a história sabe muito bem ao que eu estou me referindo. Quando ouvimos músicas do tipo o "Bêbado e o Equilibrista" ou "Como Nossos Pais", de Elis Regina, o que nos vem à cabeça são trechos que retratam muito bem uma ditadura mal digerida até hoje por muitos brasileiros.

Trechos estes “Chora a nossa pátria mãe gentil, choram Marias e Clarices no solo do Brasil....Mais sei que uma dor assim pungente, não há de ser inutilmente a esperança dança na corda bamba de sombrinha”. “Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina, eles venceram e o sinal está fechado pra nós que somos jovens”.

Um grande a "popular" abraço!!!